China Avalia Revisão das Restrições à Importação de Carne de Frango do Brasil

Durante a Cúpula do Brics, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, revelou que a China está analisando a possibilidade de revisar as restrições à importação de carne de frango do Brasil. Essas restrições foram implementadas após a confirmação de um único caso de gripe aviária em uma granja no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, em maio deste ano.

Fávaro se reuniu bilateralmente com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, que demonstrou conhecimento sobre a situação e assegurou que os protocolos para a retomada das compras estão sendo estudados com urgência. Embora ainda não haja uma data definida para o fim das restrições, o ministro expressou otimismo sobre a recuperação das exportações de carne de frango brasileira.

O Brasil, que é o maior exportador de frango do mundo, declarou-se livre da gripe aviária em 18 de junho, após um período de 28 dias sem novos casos em aves comerciais. Atualmente, existem nove mercados que ainda restringem a importação do produto brasileiro, sendo que apenas seis deles são considerados relevantes para as exportações.

Fávaro destacou que a Organização Mundial de Saúde Animal reconheceu o Brasil como livre da gripe aviária, o que deve facilitar a reabertura de mercados. Ele também enfatizou que os bloqueios de exportação visam prevenir a contaminação de granjas no exterior, embora a possibilidade de contaminação seja considerada remota.

Adicionalmente, o ministro abordou a importância do multilateralismo e do combate ao protecionismo econômico, afirmando que a taxação de alimentos representa um obstáculo ao combate à fome. Fávaro mencionou que, neste fim de semana, foram enviadas cargas de carne bovina brasileira para a Indonésia, um mercado promissor para a agropecuária nacional.

Atualmente, o Brasil já abriu 387 novos mercados para sua agropecuária, um número recorde, e a exportação de carne bovina para a Indonésia representa uma oportunidade significativa para o setor. O ministro concluiu ressaltando que o mundo precisa de menos protecionismo e mais colaboração para garantir a segurança alimentar global.