Custos de Combustível Marítimo Podem Dobrar até 2035 Devido a Novas Regras da IMO

Os custos de combustíveis marítimos, conhecidos como bunkers, devem dobrar até 2035, conforme as novas regulamentações da Organização Marítima Internacional (IMO) que visam reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Hakan Agnevall, CEO da Wartsila, destacou essa previsão em uma entrevista à Platts, enfatizando a necessidade de uma transição para combustíveis de baixo carbono no setor de transporte marítimo.
A IMO, agência reguladora da navegação internacional, votou em abril de 2023 por duas novas diretrizes que visam reduzir as emissões de gases de efeito estufa provenientes do transporte marítimo. Essas regras, que entrarão em vigor em breve, exigem que os armadores adotem práticas mais sustentáveis, o que impactará diretamente os custos operacionais das embarcações.
Agnevall explicou que a indústria marítima está diante de um desafio significativo, pois a transição para combustíveis mais limpos não é apenas uma questão de conformidade regulatória, mas também uma oportunidade para inovação e eficiência. Ele enfatizou que a adoção de tecnologias de baixo carbono pode, a longo prazo, beneficiar as empresas em termos de redução de custos e aumento da competitividade.
O CEO da Wartsila também mencionou que, além das regulamentações, a pressão do mercado e a demanda por soluções sustentáveis estão impulsionando a mudança. As empresas que não se adaptarem a essas novas exigências podem enfrentar dificuldades financeiras e operacionais no futuro.
A transição para combustíveis de baixo carbono é vista como uma resposta necessária às crescentes preocupações ambientais e à necessidade de mitigar as mudanças climáticas. Os armadores que investirem em tecnologias inovadoras e práticas sustentáveis estarão melhor posicionados para enfrentar os desafios futuros do setor.
Em resumo, a previsão de que os custos dos combustíveis marítimos dobrem até 2035 deve servir como um alerta para as empresas do setor, que precisam se preparar para as mudanças regulatórias e buscar alternativas mais sustentáveis para garantir sua viabilidade no mercado global.
Fonte: Hellenic Shipping News